quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Poucos julgamentos da Ficha Limpa vão mudar composição do Congresso

Cerca de 495 mil eleitores de São Paulo podem perder seus votos para deputado federal. Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), 140 candidatos pelo Estado tiveram o registro de suas candidaturas barradas. Um deles é do ex-prefeito Paulo Maluf (PP-SP), que sozinho levou 304 mil votos. Caso sua candidatura seja aceita, além de Maluf continuar na Câmara, ele pode levar com ele alguns candidatos do mesmo partido. Por enquanto, o pedido que ele mandou à Justiça foi negado pelo ministro Marco Aurélio, do TSE, no dia 18 de outubro. Os outros juizes ainda vão analisar o caso, que ainda pode ser julgado pelos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

Além de Maluf, meia dúzia de candidatos, que passam pela mesma situação poderão letrar outros parlamentares para o Congresso. Com isso, a composição final do Legislativo ainda está indefinida. São os recursos sobre a aplicação da Lei da Ficha Limpa que ainda tornam incertas as caras das Assembleias Legislativas, da Câmara dos Deputados e do Senado.

Com quase 700 mil votos, Anthony Garotinho (PR) foi o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro. Ele concorreu graças a uma decisão judicial. No último dia 20 de outubro, o STF (Superior Tribunal de Justiça) manteve contra ele a validade de um processo de improbidade, que signfica irregularidade cometida por um administrador público.
O presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, disse não acrditar em mudanças radicais na lista dos parlamentares eleitos para tomar posse no próximo ano.

- Se analisarmos o quadro nacional, vamos verificar que esses problemas são pontuais. Majoritariamente, o Congresso Nacional está definitivamente composto e o resultado final dessas eleições não depende mais da Justiça Eleitoral, que já deu seu veredicto em relação a essa lei.

Na quarta-feira (27-10), o Supremo decidiu que o Ficha Limpa vale para quem renunciou a um mandato para escapar do processo de cassação, o que custou o mandato de Jader Barbalho (PMDB-PA), eleito com mais de 1,79 milhão de votos. Também ficou pelo caminho Paulo Roberto Galvão da Rocha (PT-PA) e seus 1,73 milhão de votos.

O ex-senador João Capiberibe (PSB) ganhou 130 mil votos nas urnas. No entanto, seus votos foram considerados nulos por conta da rejeição de seu registro. Por isso, Randolfe (PSOL) e Gilvam Borges (PMDB) foram considerados eleitos para o Senado, com 203 mil e 121 mil votos, respectivamente. A situação do Amapá se repete na Paraíba.

Mais de um milhão dos 2,7 milhões de paraibanos votou em Cássio Cunha Lima (PSDB), mas o ex-governador teve sua candidatura para o Senado barrada no último dia 22 de outubro. Ele responde pelos crimes de abuso de poder econômico e político nas eleições de 2006. Em seu lugar, foram eleitos Vitalzinho (PMDB), com 869 mil votos, e Wilson Santiago (PMDB), com 820 mil.

Fonte: R7

Nenhum comentário:

Postar um comentário