Cerca de 495 mil eleitores de São Paulo podem perder seus votos para deputado federal. Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), 140 candidatos pelo Estado tiveram o registro de suas candidaturas barradas. Um deles é do ex-prefeito Paulo Maluf (PP-SP), que sozinho levou 304 mil votos. Caso sua candidatura seja aceita, além de Maluf continuar na Câmara, ele pode levar com ele alguns candidatos do mesmo partido. Por enquanto, o pedido que ele mandou à Justiça foi negado pelo ministro Marco Aurélio, do TSE, no dia 18 de outubro. Os outros juizes ainda vão analisar o caso, que ainda pode ser julgado pelos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Além de Maluf, meia dúzia de candidatos, que passam pela mesma situação poderão letrar outros parlamentares para o Congresso. Com isso, a composição final do Legislativo ainda está indefinida. São os recursos sobre a aplicação da Lei da Ficha Limpa que ainda tornam incertas as caras das Assembleias Legislativas, da Câmara dos Deputados e do Senado.
Com quase 700 mil votos, Anthony Garotinho (PR) foi o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro. Ele concorreu graças a uma decisão judicial. No último dia 20 de outubro, o STF (Superior Tribunal de Justiça) manteve contra ele a validade de um processo de improbidade, que signfica irregularidade cometida por um administrador público.
O presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, disse não acrditar em mudanças radicais na lista dos parlamentares eleitos para tomar posse no próximo ano.
- Se analisarmos o quadro nacional, vamos verificar que esses problemas são pontuais. Majoritariamente, o Congresso Nacional está definitivamente composto e o resultado final dessas eleições não depende mais da Justiça Eleitoral, que já deu seu veredicto em relação a essa lei.
Na quarta-feira (27-10), o Supremo decidiu que o Ficha Limpa vale para quem renunciou a um mandato para escapar do processo de cassação, o que custou o mandato de Jader Barbalho (PMDB-PA), eleito com mais de 1,79 milhão de votos. Também ficou pelo caminho Paulo Roberto Galvão da Rocha (PT-PA) e seus 1,73 milhão de votos.
O ex-senador João Capiberibe (PSB) ganhou 130 mil votos nas urnas. No entanto, seus votos foram considerados nulos por conta da rejeição de seu registro. Por isso, Randolfe (PSOL) e Gilvam Borges (PMDB) foram considerados eleitos para o Senado, com 203 mil e 121 mil votos, respectivamente. A situação do Amapá se repete na Paraíba.
Mais de um milhão dos 2,7 milhões de paraibanos votou em Cássio Cunha Lima (PSDB), mas o ex-governador teve sua candidatura para o Senado barrada no último dia 22 de outubro. Ele responde pelos crimes de abuso de poder econômico e político nas eleições de 2006. Em seu lugar, foram eleitos Vitalzinho (PMDB), com 869 mil votos, e Wilson Santiago (PMDB), com 820 mil.
Fonte: R7
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