O cenário é a paradisíaca Cancún, os personagens representam 193 países, mas o final do filme intitulado 16ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima (COP16) é incerto. A cúpula climática que começou nesta segunda-feira, 29 de novembro, não carrega o peso que ajudou a tornar a antecessora um dos maiores fracassos da história da diplomacia mundial, no que se refere a possibilidade de se obter um novo acordo com peso lei capaz de substituir o Protocolo de Kyoto (que expira em 2012), mas pode ser fundamental para que este provável futuro tratado seja estabelecido.
Uma das principais expectativas para o evento é que os compromissos de financiamento para ações de combate e adaptação às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento possam ser institucionalizados. Em 2009, os países ricos se comprometeram a repassar US$ 30 bilhões até 2012 e criar um financiamento em longo prazo para chegar a investimentos de US$ 100 bilhões anuais em 2020, mas até agora a promessa não saiu do papel.
A regulamentação do mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd, na sigla em inglês) deve avançar e pode ser o único ponto da negociação climática que será fechado em Cancún. Embora as metas de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa estejam em pauta na reunião, a tendência é de que uma definição sobre o tema só ganhe corpo na COP17, que será realizada em 2011, na África do Sul.
Uma das principais razões para o adiamento tem nome: Estados Unidos da América - um dos maiores poluidores do mundo. O país ainda não conseguiu aprovar um pacote com medidas sobre o clima, fator que ajuda a emperrar as negociações.
Fonte: Msn